terça-feira, 23 de novembro de 2010

Poesia - Acalanto


Avia verso

Larga do meu peito

Pois é certo o deserto

Que a vida deixa quando se vai


Desprende

Letras e palavras

E aperta o passo

Da rima para desfecho


Põe no eixo

Tudo que é saudade

Para que essa dure pouco

E se faça memória:

- quanto de farinha para o empadão?

- quanto de manteiga para o risole?

- quanto de hortelã para o tabule?

- quanto de cebola para a tortilha?


Avia vida

Dá prosseguimento

E acalanta os nossos

Com novas receitas em nossas cozinhas


Nos faça

Imprescindíveis aos novos

Folclóricos, Históricos e fundamentais

Tal qual ela:

- tempo ruim, boa cara.

-bom cabrito não berra.

- o irremediável remediado está.

- o que aprendi hoje?


Pois assim a saúdo

Em verso e vida

E no contínuo da jornada

Te salvo rainha


Pois assim a saúdo

Em vida e verso

Rememorando os dias

Para o frescor da lucidez


Tal qual tu sempre quis.


Avia verso!

Avia vida!

Um comentário:

  1. ‎"...os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace." (Victor Hugo) E isto eterno! Te amo!

    ResponderExcluir