segunda-feira, 31 de maio de 2010
Relato - O Coração e Vinícius
domingo, 30 de maio de 2010
Poesia - Que se Passa?
¿Que se passa¿
Naquela rua havia um bar
Naquele bar haviam pessoas
Havia um aniversário
Onde pessoas cantavam e dançavam juntos
Na sala de canto daquele bar
Haviam amigos e amigas que sorriam
Que brincavam e gargalhavam juntos
Pois havia, entre aquelas pessoas, harmonia
No mesmo instante onde haviam pessoas felizes naquela rua
Havia outro lugar, em outra rua
Onde havia um bar
E lá outras tantas pessoas, tão amigas festejavam
E n’outro, n’outro, n’outro e outros tantos lugares
Haviam pessoas que sorriam, cantavam e se divertiam
Juntas no mesmo instante
Em templos distantes
Em cada templo havia uma única coisa
Haviam seres humanos
Praticando comunhão e consagração
Da felicidade, bem querer e sinergia
E se um dia, qualquer que seja conteste a força do culto desses templos
Há de se falar que qual naquele templo
Havia Jesus transformando água em vinho multiplicando o pão
Para comungar com as pessoas e com elas celebrar
Que naquela rua havia um bar
Naquele bar haviam pessoas
Havia um aniversário
Onde pessoas cantavam e dançavam juntos
Havia o melhor que se poderia criar
A maior obra divina
Naquele momento, naquela rua, havia um aniversário
Havia humanidade a brilhar!
sábado, 29 de maio de 2010
Relato - Pra quê TV?
Um moleque quando vê uma televisão, pela primeira vez, deve sentir um êxtase tamanho e um frenesi completo tomar o corpo em sorrisos, frisson. Imagino a febre que antecede a gargalhada de uma criança quando se emociona ou vibra com todo aquele mundo de cores e sons com historinhas e personagens amigos. Imagino pois escolhi dispensar esse aparelho doméstico uma vez que eu, em frente a uma TV, babo!
Hoje me coloquei por duas horas em frente a esse espetaculoso eletrodoméstico e vos digo: eu tremi! Como é forte o impacto, a velocidade, o envolvimento que a televisão promove no meu cérebro e em minutos experimentei felicidade em doses estonteantes. A rapidez com que se sucedem as piadas num seriado besta, a técnica de produção de desenhos animados (animação em “stop motion”, Flash e até os clássicos em película), a articulação dos roteiros e enredos me deixaram completamente extasiado! E a cada minuto gargalhava como em cada final de cada um daqueles programas sentia grande perda pelo prazer que proporcionavam, pois, na televisão, não dá para voltar e assistir de novo. - Ah! Acabou...
É um tanto como ocorre em um jogo de futebol no Estádio, pois, se você levantar para comprar um lanche ou ir ao banheiro, se você abaixar para pegar qualquer coisa que tenha caído no chão, pimba! Bola na rede e você não viu o gol! Melhor imagem do tamanho da urgência e demanda de sua atenção, se imagine agora no estádio, assistindo ao jogo do seu time e quando você se abaixa, escuta o início do fervor da torcida mas, você em ação de busca das chaves caídas, mantêm o foco no movimento de captura e, levantando a cabeça, leva tempo para perceber o movimento de todos em sua volta pulando e gritando alucinadamente.Olhando em volta você pede que a bola saia das redes e volte para os pés do atacante no ato do arremate.
Por isso a TV me prende: ela deixa claro que se bobear não terei direito a reprise, por isso, atento fico! Confesso, admito, confirmo o ato compulsivo de “zapear” pois quero babar mais um pouco e, na busca de algo descente e divertido, justifico a total inércia em frente àquela tela pela procura vigilante de qualquer coisa.
Por isso mesmo fico sem televisão: para que eu não me roube o tempo e a energia, sugado pela cinética dos modernos cinemascópios ou qualquer “prazer” fácil, rápido, mastigado, que sempre me faz crer que interessa.
Mas ah! Como ficam enloquecidos os moleques que assistem uma televisão pela primeira vez!!!!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Tributo - Nova Friburgo
Nova Friburgo
Completaste anos e os anos deixam marcas minha querida. Marcas dos homens que sangram tuas terras, desmatam, erguem moradas e queimam tuas matas. Anos em que morrem teus rios e que rios outros agonizam. Tuas ruas apresentam buracos e cansadas soltam suas pedras, por onde passamos e desviamos como normal fosse você desfolhando teu chão.
Muitos maldizem aqueles que aqui moram, qual não maldissessem a si próprios, e, outros tantos, não crêem ou vislumbram futuro sadio para ti. De fato, muitos aqui sofrem: de pobreza e misérias tão tipicamente humanas que pululam em teu Fórum, teus hospitais, tuas residências.
No entanto, amada cidade, os anos também fazem brotar homens e mulheres que te zelam e te guardam. Te projetam e esperam de ti, como da beleza de teu céu e montanhas, recanto eterno da esperança. Esperança, essa mesma, que alimenta o espírito, traz a força da luta a erguer trincheiras de teus filhos mais aguerridos em tua defesa, pois, em ti residem e atuam brilhantes seres humanos.
Pode-se dizer, preciosa, que sofres da diáspora de outros tantos filhos teus. Esses que aqui não puderam desenvolver plenitudes e alçaram vôos em terras outras por carências tuas, aparentemente insuperáveis ou insuportáveis.
Mas rogo-te, maravilhosa, que de tua jurisdição sobrevalecerão aqueles que te pacificarão e juntos construirão consensos possíveis e desejáveis e serás, como deves, realidade do sonho que tão pacientemente miras no horizonte distante, qual teu cão sentado, vigilante.
Assim, minha cidade, te parabenizo por teus homens e mulheres que trabalham por justiça, por solidariedade, pela construção de um mundo novo e possível de realidade melhor e diversa de agora. Parabenizo pelo futuro e agradeço pelo berço, gestado ou adotado, de tantos humanos belos e generosos, uns com os outros e contigo, que querem verdes e íntegras tuas matas, teus rios, teu espírito, felizes teus filhos.
Que a sorte das cidades mais esplendorosas recaia eternamente sobre ti e, assim amada, transborde sobre nós.
Contribuições - e-mail Rômulo
Revendo meus arquivos achei este texto abaixo, que está sempre presente em nossas vidas, sobretudo, em sua passagem com "O amigo morto".
Abçs.
Rômulo
MEU AMIGO
Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME DEU UMA BOFETADA NO ROSTO.
Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido bofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU MINHA VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
POR QUE, DEPOIS QUE TE MAGOEI, ESCREVEU NA AREIA E AGORA, ESCREVE NA PEDRA?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
QUANDO UM GRANDE AMIGO NOS OFENDE, DEVEMOS ESCREVER ONDE O VENTO DO ESQUECIMENTO E O PERDÃO SE ENCARREGUEM DE BORRAR E APAGAR A LEMBRANÇA. POR OUTRO LADO, QUANDO NOS ACONTECE ALGO GRANDIOSO, DEVEMOS GRAVAR ISSO NA PEDRA DA MEMÓRIA DO CORAÇÃO ONDE VENTO NENHUM EM TODO O MUNDO PODERÁ
SEQUER BORRA-LO.
(solidário amigo Romulo, sabedor e sabedoria da importância das amizades na vida, espero mesmo possa eu um dia escrever sobre o "amigo morto" em pedra tão grande e eterna. Poucas são as dores maiores que a perda de uma amizade e deve ser infinitamente maior o regalo do resgate da amizade desencontrada. A ti, amigo-irmão, resta gravado mais um feito em tua pedra, por mais esse ato generoso de apoio e devoção a este amigo teu. Agradecido!)
Poesia - Do meu MSN
Do meu msn!
desse encontro, algo extraordinário e mágico
te reconheço, então, inimaginável
com a intensidade das coisas até desacreditadas e juro
tentei racionalizar mas resto
sentindo
tanto e tantas coisas
puras, inteiras, tão somente elas
que transbordam!
Busco evitar o excesso
embora seja puro excesso no meu peito
tranquilo que segues sua vida e nada será jamais cobrança
e do tanto que quero
basta apenas sua tranquilidade e leveza
a falta de medo, a sinceridade pura e simples
tal qual essa que me fez apaixonar por você
paixão minha, própria da minha natureza romântica.
Não te idealizo, te gosto
de conversar com você, ler suas palavras
sua pele, seu sorriso sonoro e
as muitas palavras que falamos.
Dou-me assim, inteiro para a vida e inevitável ser d'outra sorte
então, preciso deixar claro
entrego de tudo meu pra você!
e se depender de mim
será assim
por muito tempo!
terça-feira, 25 de maio de 2010
Poesia - Para o amigo morto
Poema para o amigo morto!
Tomamos muitas cervejas juntos
E juntos conjuramos o mundo
Na crença da amizade grisalha a contar causos
Compusemos juntos
Numa noite fria, na praça vazia
E alertarmos o mundo das causas perdidas
Juntos provocamos e provocávamos
Sabedores que a vida não é mais que provocação
E libertar-se é permitir a provocação com a grandeza de espírito...
...de que nada atinge a amizade!
Tomamos muitas cervejas juntos
E, entre copos e balcões, provocamos os outros
Provocamos roda de samba, de poesia e muitas outras alegrias
Cantamos juntos
Para o bailar de uma vida mais leve
Na divisão de todos os pesares e agruras sofridas
Pois juntos dividíamos
A certeza que o amigo ao lado seria confidência
E apoio crítico, construtivo, na consciência...
...de que nada atinge a amizade!
Daí, amigo morto, vem a vida maior que os conceitos
As crenças, as ilusões e as esperanças
Se revela, assim, a face após a carapaça, ao amigo tolo e fiel
Soa então outra nota de uma música nova
Antes inimaginável de drama e desconhecimento
Que ninguém escuta, além da cadeira vazia do amigo ausente
E mostra a vida sua face da morte
Que retira do mundo a presença
Mesmo sendo presença no mundo...
...de amizade que se viveu outrora!
E agora, errante no mundo
És um amigo morto, perdido na história
O desconhecido que acena do outro lado da rua
...e perambula feito alma penada...
...da amizade que se viveu outrora!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Poesia - Cantinho
Cantinho
Sou de muitos amores
E muitos amores vivi
E, em cada novo encanto
Procuro você, meu recanto
que divida o domingo quietinha em seu canto
Lendo um livro, vendo um filme, um cochilo
Procuro um sorriso, de canto de boca
Que demonstre a satisfação da divisão
Das coisas pequenas, uma limonada
Biscoitinhos com café, um vinhozinho, o último pedaço de goiabada
Que compartilhe das coisas incríveis
Viagens fantásticas, festas, shows e
Acima de tudo
Que abrace meus abraços no fim da tarde de cores quentes
Até anoitecer, quando juntos sorrimos, cantamos, dormimos
E no colo o cafuné, o carinho, a pele quente e macia
No cheiro bom o profundo suspiro que trás consigo tua alma
Que descansa o espírito e diz assim:
- de muitos amores, pequena, além da vida, me interessa apenas o seu!
Para, então, no sorriso do canto da minha boca
Demonstrar toda minha satisfação pela entrega
E reconhecimento em você, recanto.